quarta-feira, 5 de junho de 2013

A imortalidade e a perfeição estão muito acima das nossas possibilidades

Um dos meus amigos é gajo muito estranho, daqueles gajos que por serem parasitas da sociedade votam na esquerda e dizem que gostam da liberdade. O tipo de gente que compra garrafas e se dirige ao Adamastor para fingir que vai ver a vista e o sol a pôr-se no rio, quando na verdade só vai fumar substâncias psicotrópicas, que o fazem ver ainda menos, do que se tirasse aqueles óculos horríveis, de massa com fundo de garrafa.

Pois bem, cruzei-me com este sujeito inacreditável, certo dia, e diz-me ele a meio de uma conversa de ocasião “sabe pá? Eu gostava mesmo era de viver num mundo de poesia, onde não morresse nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas, como o dizia o outro.” Perguntei-lhe o que tinha fumado e não acreditei quando me disse não ter sido nada! Então mas que tipo de irresponsável diz algo deste género? Mas pensará ele que o Estado pode suportar a imortalidade? Se uma pessoa vivesse para sempre, com que idade se reformaria? Trabalhava até aos 65 e depois era o resto da eternidade a mamar dos que trabalham não? Pois, queria ele e os da sua cambada, tão acostumados estão a viver a custas alheias.

 

E a perfeição das coisas, que é isso? E se a saúde fosse perfeita? E se sociedade fosse perfeita? E se não houvesse crime? Era óptimo não era? Pois era, para os bandalhos que não trabalham. A indústria da desgraça alheia é o que move o mundo. Que seriam dos médicos, dos psicólogos, dos polícias, dos advogados e dos juízes? Das companhias de seguros?

 

Quanto dinheiro deitado à rua? Quantos novos desempregados? De quantas profissões precisaríamos de facto se tudo fosse perfeito? E o que faríamos com todos estes novos desempregados? Quem pagava estes subsídios de desemprego? Com certeza não era o meu conhecido e a sua trupe de indígenas, músicos e poetas, que esses não trabalham, esses estariam refastelados a beber a sua litrosa pelo gargalo até à eternidade. Imortais da boa vida e do bem-bom, é o que são.


Isto das poesias e dos mundos perfeitos para todos, é coisa demasiado séria e perigosa, para meia dúzia de debutantes se porem a tecer considerações irresponsáveis.


Quem escreve uma barbaridade destas ou é muito ingénuo ou muito maldoso. Do Cesário, ainda percebo, que ele era muito Verde coitado, este não sei, mas duvido das suas intenções.

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