Eu percebo que um super herói tenha a necessidade
de esconder a identidade e encontrar um alter-ego do estilo “Sou o homem aranha”,
“Sou o homem coisa”, “Sou o homem sapiens”, “Sou o homem sexual”, por aí.
Enfim, são todos homens e uma porcaria de uma característica qualquer, até aqui
tudo bem, faz-me sentido. Mas vamos parar e pensar um bocadinho num em
particular: o Batman. À partida nada de mal, é um homem morcego – normal - que
se esconde atrás de uma mascara com um maillot cinzento e uma capa acetinada –
normal, no parque Eduardo VII também há homens assim e salvam a noite a muito
boa gente.
O Batman, como qualquer super herói que se preze,
procura esconder a sua identidade para se proteger a si e, sobretudo, aos que o
rodeiam, ou meramente por ter vergonha da forma como se veste quando a noite
cai. Nada a apontar. Qualquer um destes motivos me parece igualmente válido. Na
demanda de combater o crime, o Batman arranjou um parceiro, mais novinho (ler
os sinais em cima, que fariam prever este tipo de comportamento). Qual foi a
melhor forma que o parceiro encontrou para esconder a sua identidade? Foi dar
ao seu alter-ego... O SEU NOME PRÓPRIO! Inovador, genial, ou apenas parvo? Só
tenho pena que os vilões não tenham feito o mesmo, teríamos títulos como
“Batman e Robin combatem o Joker e o Raul”. Se isto não é a coisa mais estúpida
do mundo dos super heróis, não sei o que será.
“Ah Ah! Nunca me apanharão, bandidos de Gotham
city, esta dupla permanecerá anónima! Sim, a dupla homem-preto e José Manel Fagundes,
com o NIF 2002637845 e cartão de cidadão 0023248558454! Wuahahaahahahah!”.
Parece-me óbvio o que se passou aqui. O criador da
coisa deve ter desenhado o último quadradinho do primeiro livro em que o Robin
aparece e, já sem tempo e paciência, deve ter pensado “Txiii! Esqueci-me de dar
um nome a este gajo, olha que se lixe é só um side kick, não vai ter
importância na saga e ninguém vai notar, dou-lhe o nome do rapaz matulão que me
entrega o correio cá em casa”. Ele não contava com a sagacidade deste que ora
vos escreve para o desmascarar, mas quem o pode censurar? Quantas vezes não
temos uma ideia boa que fica incompleta ou menos boa porque o final surge
apressado, numa altura em que já não temos nem tempo nem paciência para
concluirmos o que começámos? Por que raio acham que não fui sequer procurar o
nome do criador do homem morcego? Por que raio acham que n…
Sem comentários:
Enviar um comentário