domingo, 13 de janeiro de 2013

Da Nomenclatura dos Super-Heróis


Eu percebo que um super herói tenha a necessidade de esconder a identidade e encontrar um alter-ego do estilo “Sou o homem aranha”, “Sou o homem coisa”, “Sou o homem sapiens”, “Sou o homem sexual”, por aí. Enfim, são todos homens e uma porcaria de uma característica qualquer, até aqui tudo bem, faz-me sentido. Mas vamos parar e pensar um bocadinho num em particular: o Batman. À partida nada de mal, é um homem morcego – normal - que se esconde atrás de uma mascara com um maillot cinzento e uma capa acetinada – normal, no parque Eduardo VII também há homens assim e salvam a noite a muito boa gente.

O Batman, como qualquer super herói que se preze, procura esconder a sua identidade para se proteger a si e, sobretudo, aos que o rodeiam, ou meramente por ter vergonha da forma como se veste quando a noite cai. Nada a apontar. Qualquer um destes motivos me parece igualmente válido. Na demanda de combater o crime, o Batman arranjou um parceiro, mais novinho (ler os sinais em cima, que fariam prever este tipo de comportamento). Qual foi a melhor forma que o parceiro encontrou para esconder a sua identidade? Foi dar ao seu alter-ego... O SEU NOME PRÓPRIO! Inovador, genial, ou apenas parvo? Só tenho pena que os vilões não tenham feito o mesmo, teríamos títulos como “Batman e Robin combatem o Joker e o Raul”. Se isto não é a coisa mais estúpida do mundo dos super heróis, não sei o que será.

“Ah Ah! Nunca me apanharão, bandidos de Gotham city, esta dupla permanecerá anónima! Sim, a dupla homem-preto e José Manel Fagundes, com o NIF 2002637845 e cartão de cidadão 0023248558454! Wuahahaahahahah!”.

Parece-me óbvio o que se passou aqui. O criador da coisa deve ter desenhado o último quadradinho do primeiro livro em que o Robin aparece e, já sem tempo e paciência, deve ter pensado “Txiii! Esqueci-me de dar um nome a este gajo, olha que se lixe é só um side kick, não vai ter importância na saga e ninguém vai notar, dou-lhe o nome do rapaz matulão que me entrega o correio cá em casa”. Ele não contava com a sagacidade deste que ora vos escreve para o desmascarar, mas quem o pode censurar? Quantas vezes não temos uma ideia boa que fica incompleta ou menos boa porque o final surge apressado, numa altura em que já não temos nem tempo nem paciência para concluirmos o que começámos? Por que raio acham que não fui sequer procurar o nome do criador do homem morcego? Por que raio acham que n…

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