quarta-feira, 1 de maio de 2013

25 de Abril for dummies


Em Portugal e no mundo têm sido alimentados muitos mitos sobre a Revolução dos Cravos e a leitura de certos acontecimentos, anteriores e posteriores à mesma, mas essenciais para a compreensão do que foi esse evento. Finalmente, 39 anos depois chega a verdadeira explicação de como chegámos lá, do que aconteceu no feriado mais controverso do país e das suas consequências.

03 de Fevereiro de 1965: Despacho administrativo sumário aplicado a Humberto Delgado, pelo departamento do funcionário público, Rosa Casaco.

03 de Agosto de 1968: Fim das boas relações entre os paços do concelho e Paços de Ferreira. Início do processo de licenciamento da primeira fábrica do Ikea em Portugal, com vista a uma melhoria do mobiliário.

27 de Setembro de 1968: Subida ao poder do segundo professor de Direito de nome Marcelo, mais conhecido da nossa história.

08 de Janeiro de 1969: Início do programa “Conversas em família”. A moda de ver marcelos a dizer às famílias portuguesas o que fazer e como pensar, teve início aqui mas estende-se até aos dias de hoje, com os bons resultados que todos lhe reconhecem.

27 de Julho de 1970: Morte do maior português de todos os tempos, o único político em Portugal que nunca perdeu eleições. Surgimento dos primeiros saudosistas.

21 de Agosto de 1973: Confirmação de que as mais altas patentes militares que ainda se encontravam em Portugal, eram necessárias no cenário de guerra ultramarino. Início da preparação do golpe militar para pôr termo à ditadura.

24 de Abril de 1974: Senha da revolução com uma música sobre Alzheimer, onde o cantor não sabe quem é, o que faz ali, quem o abandonou, enfim, não se lembra de nada. Um prenúncio do que seriam os políticos dos anos vindouros e de como se esqueceriam dos objectivos de Abril.

25 de Abril de 1974: Contra senha da revolução com uma música que sendo tão pequena, parece indecorável, pelo menos para Miguel Relvas e outros que tais. Em 2013 tornar-se-ia a música mais cantada em Portugal na presença de membros do executivo.

Chegada das chaimites a Lisboa (os militares mandaram fazer veículos de assalto Pandur, mas como sempre chegaram atrasados, por isso pegaram no primeiro chaço que lhes apareceu à frente). Com a paragem das chaimites nos semáforos, Salgueiro Maia tornou-se o único português respeitador das regras de trânsito até à data.

Distribuição de cravos pela cidade para marcar a revolução. Ainda hoje indianos e bangladeshis tentam recriar o evento todas as 6as e sábados. Esta comunidade continua a referir-se a data como “o paraíso de qualquer quéfrô”.

25 de novembro de 1975: fim das aspirações do PCP a algum dia ser governo.

02 de Abril de 1976: é aprovado e decretado o maior adversário político do actual Governo. A Constituição da República Portuguesa.

03 de Abril de 1976: início do esquecimento colectivo.

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