Em
Portugal e no mundo têm sido alimentados muitos mitos sobre a Revolução dos
Cravos e a leitura de certos acontecimentos, anteriores e posteriores à mesma,
mas essenciais para a compreensão do que foi esse evento. Finalmente, 39 anos depois
chega a verdadeira explicação de como chegámos lá, do que aconteceu no feriado
mais controverso do país e das suas consequências.
03 de Fevereiro
de 1965: Despacho
administrativo sumário aplicado a Humberto Delgado, pelo departamento do
funcionário público, Rosa Casaco.
03 de Agosto de 1968: Fim das boas relações entre
os paços do concelho e Paços de Ferreira. Início do processo de licenciamento
da primeira fábrica do Ikea em Portugal, com vista a uma melhoria do
mobiliário.
27 de Setembro de
1968: Subida
ao poder do segundo professor de Direito de nome Marcelo, mais conhecido da
nossa história.
08 de Janeiro de
1969: Início
do programa “Conversas em família”. A moda de ver marcelos a dizer às famílias
portuguesas o que fazer e como pensar, teve início aqui mas estende-se até aos
dias de hoje, com os bons resultados que todos lhe reconhecem.
27 de Julho de
1970: Morte do
maior português de todos os tempos, o único político em Portugal que nunca
perdeu eleições. Surgimento dos primeiros saudosistas.
21 de Agosto de
1973: Confirmação
de que as mais altas patentes militares que ainda se encontravam em Portugal,
eram necessárias no cenário de guerra ultramarino. Início da preparação do
golpe militar para pôr termo à ditadura.
24 de Abril de
1974: Senha da
revolução com uma música sobre Alzheimer, onde o cantor não sabe quem é, o que
faz ali, quem o abandonou, enfim, não se lembra de nada. Um prenúncio do que
seriam os políticos dos anos vindouros e de como se esqueceriam dos objectivos
de Abril.
25 de Abril de
1974: Contra
senha da revolução com uma música que sendo tão pequena, parece indecorável,
pelo menos para Miguel Relvas e outros que tais. Em 2013 tornar-se-ia a música
mais cantada em Portugal na presença de membros do executivo.
Chegada
das chaimites a Lisboa (os militares mandaram fazer veículos de assalto Pandur,
mas como sempre chegaram atrasados, por isso pegaram no primeiro chaço que lhes
apareceu à frente). Com a paragem das chaimites nos semáforos, Salgueiro Maia tornou-se
o único português respeitador das regras de trânsito até à data.
Distribuição
de cravos pela cidade para marcar a revolução. Ainda hoje indianos e
bangladeshis tentam recriar o evento todas as 6as e sábados. Esta comunidade
continua a referir-se a data como “o paraíso de qualquer quéfrô”.
25 de novembro de
1975: fim das
aspirações do PCP a algum dia ser governo.
02 de Abril de
1976: é
aprovado e decretado o maior adversário político do actual Governo. A
Constituição da República Portuguesa.
03 de Abril de
1976: início
do esquecimento colectivo.
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