quarta-feira, 13 de março de 2013

Deus Me Livre

Hoje li uma noticia que me alarmou bastante. Aparentemente o Sr. Peter Tuckson é o principal candidato a suceder ao Cardeal Ratzinger como novo Papa. Quem o diz são as casas de apostas, a fonte mais fidedigna que conheço, no que a matérias de fé diz respeito, pelo que a dou quase como um facto consagrado. Com odds de 9-4, é quase tão seguro, como apostar contra o Sporting (aposta também conhecida como “o certificado de aforro dos apostadores”), mas dizia eu, estou desiludido com isto. Para quem ainda não está ciente da causa da minha preocupação, eu acrescento um elemento adicional, o Bispo Peter Tuckson é ganês. É verdade a Igreja Católica prepara-se para eleger, nomear, ou meramente anunciar visto que a escolha é divina, um papa preto (e não é uma maravilha o critério com que o Senhor escolhe os seus candidatos preferencialmente de acordo com a sua proveniência geográfica, de forma a agradar aos países onde a religião católica mais floresce? Quase seria de concluir que o Criador tem preocupações politicas e de marketing nas suas escolhas? Aparentemente, nem sempre Nos escreve por linhas tortas!).

Espero sinceramente que tal coisa não aconteça, está-se a tornar uma tática demasiado fácil, esta usada pelos caucasianos, para limpar a imagem. Depois de um mandato muito mau de um caucasiano num cargo de poder, elege-se um candidato negro e passa tudo, já ninguém se lembra de outra coisa que não seja o “avanço histórico” e cultural. É trágico. Sobretudo, porque depois de feito, passa a haver uma partilha de raças pelas responsabilidades de tudo o que vai mal no mundo, e pior, como algo vai correr mal (como não?), dá-se ainda mais um motivo para haver caucasianos com motivos para não gostarem de negros. É uma armadilha letal.

Senão vejamos, depois do mandato de Boutros-Boutros Gali na ONU  (que “permitiu” massacres como o do Ruanda, ou a “excelente” prestação dos capacetes azuis a zelar pela paz na Jugoslávia) o único secretário da ONU a não ser reeleito para um segundo mandato. Depois disto quem é que vem limpar a casa? O Sr. Kofi Annan, também ele ganês, 10 anos depois tudo estava mais tranquilo, lá para os lados de Nova Iorque e já ninguém punha em causa o trabalho da ONU (nem que fosse pelo excelente trabalho de ajuda a refugiados, apátridas e mal-amados no seu país, como o engenheiro guterres.)

Nos estados unidos a coisa repete-se. 10 anos de George W. Bush, puseram a reputação da América como já não estava desde o tempo que a Inglaterra deportava para lá criminosos, e lhes chamava colonos (ah quem não ama um bom eufemismo?!). Bem esta estória é conhecida também. A américa já tinha morte um Hussein, por isso, arranjou outro.

A fórmula de sucesso agora está prestes a repetir-se na Igreja. Tática que ganha não mexe, venha de lá o Sr. Tuckson.

Moral da estória: “Quando a coisa está preta, quem melhor para resolver do que um pre...” é melhor não ir por aí.

Agora que penso nisto, depois do Passos Coelho e do Relvas, não se admirem se ouvirem falar de mim em 2015 por altura das legislativas. Como diria o Sr. Peter Tuckson “Deus me livre”.

Sem comentários:

Enviar um comentário