quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

And the Oscar goes to

Todos os anos são nomeados vários filmes para os Oscares e todos os anos há imensa especulação sobre quem vão ser os vencedores, causando ansiedade no público, que não sabe que filmes ir ver nesta altura.
Para aliviar as pessoas deste sofrimento, os Primos Inter Parentes decidiram fazem um guia que vos ajuda a perceber quem vão ser os nomeados, porquê e quem vai ganhar, isto porque somos mais espertos que a média, e já percebemos que os Oscares respondem a leis da física muito concretas.

NOMEADOS PARA MELHOR FILME:
- Aquele filme que é uma estória verídica;
- Aquele que aborda o racismo e a forma como os negros eram tratados no sul dos Estados Unidos durante:

a) a escravatura

b) a segregação
c) os anos 80;
- Aquele filme que é uma super produção muito cara e que tem uma tecnologia nova “Super XPTO Trinitron” que revoluciona o cinema, a imagem e a nossa forma de ver o mundo e nos obrigou a pagar mais 3,22€ pelo bilhete, mas nos permitiu também levar para casa um par de óculos que não servem para absolutamente nada;
- Aquele filme que é tão fora que ninguém percebeu, mas que a comunidade hipster adorou e vai ficar chocada quando perceber que não ganha o Oscar, como acontece todos os anos;
- Aquele filme em que o protagonista morre no fim;
- Aquele filme ligeiro que tem um final e uma mensagem muito pouco ligeiras.

AND THE WINNER IS…
Vai ganhar o da estória verídica. Se duas destas categorias se conseguirem juntar, então é garantido.

NOMEADOS PARA MELHOR ACTOR:*
- Todos os actores principais dos filmes anteriores;
- Mais um ou outro tirado à sorte de um filme de porcaria qualquer.

AND THE WINNER IS…
- Aqui ganha o que perdeu mais peso para fazer o papel.

NOMEADAS PARA MELHOR ACTRIZ:*
- Todas as actrizes principais dos filmes nomeados para melhor filme;
- Uma inglesa que faça de monarca inglesa;
- Uma actriz que faça um filme que não valha nada, sobre uma personagem épica e real, e que seja centrado na actuação da actriz principal. A dica é perceberem que o filme é tão vazio de conteúdo, que o seu título é o nome da personagem, ou a sua função.
- A Meryl Streep.

AND THE WINNER IS…
- Ganha a tipa que faz o filme que não vale um chavelho, mas que é todo sobre a figura histórica, caso, não haja nenhuma inglesa a fazer de realeza, claro está. Mais uma vez a conjugação dos dois factores, nem dá lugar a dúvidas.


*vale igualmente para a categoria de Melhor Actor/Actriz secundário(a).

quarta-feira, 5 de junho de 2013

A imortalidade e a perfeição estão muito acima das nossas possibilidades

Um dos meus amigos é gajo muito estranho, daqueles gajos que por serem parasitas da sociedade votam na esquerda e dizem que gostam da liberdade. O tipo de gente que compra garrafas e se dirige ao Adamastor para fingir que vai ver a vista e o sol a pôr-se no rio, quando na verdade só vai fumar substâncias psicotrópicas, que o fazem ver ainda menos, do que se tirasse aqueles óculos horríveis, de massa com fundo de garrafa.

Pois bem, cruzei-me com este sujeito inacreditável, certo dia, e diz-me ele a meio de uma conversa de ocasião “sabe pá? Eu gostava mesmo era de viver num mundo de poesia, onde não morresse nunca e eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas, como o dizia o outro.” Perguntei-lhe o que tinha fumado e não acreditei quando me disse não ter sido nada! Então mas que tipo de irresponsável diz algo deste género? Mas pensará ele que o Estado pode suportar a imortalidade? Se uma pessoa vivesse para sempre, com que idade se reformaria? Trabalhava até aos 65 e depois era o resto da eternidade a mamar dos que trabalham não? Pois, queria ele e os da sua cambada, tão acostumados estão a viver a custas alheias.

 

E a perfeição das coisas, que é isso? E se a saúde fosse perfeita? E se sociedade fosse perfeita? E se não houvesse crime? Era óptimo não era? Pois era, para os bandalhos que não trabalham. A indústria da desgraça alheia é o que move o mundo. Que seriam dos médicos, dos psicólogos, dos polícias, dos advogados e dos juízes? Das companhias de seguros?

 

Quanto dinheiro deitado à rua? Quantos novos desempregados? De quantas profissões precisaríamos de facto se tudo fosse perfeito? E o que faríamos com todos estes novos desempregados? Quem pagava estes subsídios de desemprego? Com certeza não era o meu conhecido e a sua trupe de indígenas, músicos e poetas, que esses não trabalham, esses estariam refastelados a beber a sua litrosa pelo gargalo até à eternidade. Imortais da boa vida e do bem-bom, é o que são.


Isto das poesias e dos mundos perfeitos para todos, é coisa demasiado séria e perigosa, para meia dúzia de debutantes se porem a tecer considerações irresponsáveis.


Quem escreve uma barbaridade destas ou é muito ingénuo ou muito maldoso. Do Cesário, ainda percebo, que ele era muito Verde coitado, este não sei, mas duvido das suas intenções.

domingo, 2 de junho de 2013

Questões sobre Saude Púb(l)ica

Sempre me senti fascinado com as coisas da saúde, sobretudo com a forma como pequenos comportamentos aparentemente inofensivos podem ter um impacto tão devastador na nossa saúde.

Por exemplo, quando somos crianças somos aconselhados a lavar as mãos antes de irmos para a mesa. Aparentemente os germes que temos nas mãos são muito nocivos. Isto faz-me algum sentido. O que já me causa estranheza, é que anos mais tarde ninguém nos aconselhe a lavar as mãos antes de irmos para a cama com alguém! Nem antes, nem depois, nada. Na caminha tá tudo bem, os germes devem ser muito púdicos, só pode. Para levar um objecto de metal à boca, convém que esteja bem lavadinho. Para me esfregar literalmente em toda a parte de outra (ou outras) pessoa(s), já não vale a pena que a moral judaico cristã dos germes, faz com que estes tenham muito respeitinho pelo acto da procriação.

Qualquer pessoa que lave as mãos antes de ir para a mesa, por uma questão de coerência devia bochechar a boca com desinfectante antes de beijar o que quer que fosse e tomar uma banho numa banheira cheia de álcool antes de ir para a cama com alguém.

Outra coisa que sempre me perturbou é olharmos para as casas de banho públicas como bombas nucleares da propagação de doenças. Quem é que nunca ouviu dos pais “filho se fores ali fazer cocó (e xixi também no caso das meninas e dos meninos com problemas de identidade) não te sentes”, como se o facto de as sanitas nas casas de banhos públicas não terem tampo, não fosse desincentivo suficiente para nos sentarmos, acrescia a isto um chorrilho de ameaças parentais. O melhor vem com o antídoto para a bomba molecular. Era de prever que algo com tamanho poder destrutivo, tivesse um antídoto muito complexo e poderoso, mas não. Diz a experiência que todos os malefícios da sanita, enquanto difusor de doenças são anulados com… um embrulhinho muito bem feito de papel higiénico, sobre o qual nos podemos sentar seguros de que estamos protegidos. Nem precisa de ser papel de folha dupla, qualquer um serve!

Quem diria que algo tão fininho como o papel higiénico teria um efeito protector igual ou superior ao de uma cota de malha, hein?